sábado, julho 02, 2005

Acordei sentindo falta do teu azul
busquei no céu um pouco de ti
no risco do lápis fiz um rosto
tuas linhas vão sempre ao infinito
dois passos e continuo aqui
a borboleta vem me fazer companhia
ela canta e me leva às lágrimas
inundo os ponteiros mas o relógio continua
os gatos acenam sorrateiros
a firmeza das tuas rochas me inspira
um homem fala às pessoas, elas ouvem
mas a dama rouba a cena graciosa
ela desliza como se soubesse voar
me diz que deveria ser mais sábio
mas não é o tolo o mais sábio?