Pois que me vejo hoje lançando palavras ao sabor dos ventos na esperança que eles as levem a um destino certo, como as garrafas jogadas ao mar, que de uma forma ou de outra sempre chegam ao seu destino, seja ele qual for.
Sigo com a proteção de teus olhos de anjo, ainda que eles nada possam ver. E quando os meus olhos cruzam com estes teus que deixaste comigo, que o brilho que levas nestas tuas órbitas anda distante e apagado.
Assim, ao som de vozes antigas espero por ti, mesmo sabendo que não vais subir o morro hoje.
Continuo então, semeando as letras pelo vento para que chovam sobre tua cabeça e com sorte não se embaralhem tanto e possas lembrar que em algum lugar estou.
Fecho os olhos e meu mundo desaba. Pois penso que és invenção de minha mente.