Estava lá.
Um castelo, enorme e maravilhoso como qualquer construção que abriga em sua estrutura a força de rochas ancestrais. As pedras carregam consigo uma certa energia natural que imputa a construção uma poderosa aura de monumento universal, uma essência fundamental que toca nossas almas naquele ponto onde elas se encontram com todo o resto.
Parecia ter estado sempre ali, como se fizesse parte de todo o conjunto do vale. Fazia um conjunto perfeito com o leito estreito do rio e os dois salgueiros que se intrometiam pela extremidade sul da construção. As pessoas caminhavam com certa apreensão, pois o céu prenunciava ruidosamente o avanço de uma tempestade. As moças seguravam seus chapéus e se apressavam para entrar enquanto os homens faziam as tarefas como usual. Notava-se uma pequena diferença, pois colhiam um pouco mais de lenha que o habitual, de modo que não faltasse caso a chuva perdurasse mais de um dia. Além desses poucos preparativos, a vida seguia seu curso de forma perfeitamente normal.
No entanto, a surpresa veio bem devagar. Chegou estampada em branco nos pequenos flocos de neve que brotavam da imensa massa cinzenta que agora estampava todo o céu.
Meus olhos lacrimejaram num segundo, pois não podiam crer naquilo que se apresentava perante a sua insignificância. Agora não se via mais o Castelo, nem o vale, nem mesmo os Salgueiros... só a imensidão alva que se estendia como um lençol sobre toda a terra.
Foi a última coisa que vi.
E depois de séculos, o Castelo ainda está lá. Outros olhos agora contemplam suas magníficas linhas, que continuam belas como naquela tarde de inverno.
Um castelo, enorme e maravilhoso como qualquer construção que abriga em sua estrutura a força de rochas ancestrais. As pedras carregam consigo uma certa energia natural que imputa a construção uma poderosa aura de monumento universal, uma essência fundamental que toca nossas almas naquele ponto onde elas se encontram com todo o resto.
Parecia ter estado sempre ali, como se fizesse parte de todo o conjunto do vale. Fazia um conjunto perfeito com o leito estreito do rio e os dois salgueiros que se intrometiam pela extremidade sul da construção. As pessoas caminhavam com certa apreensão, pois o céu prenunciava ruidosamente o avanço de uma tempestade. As moças seguravam seus chapéus e se apressavam para entrar enquanto os homens faziam as tarefas como usual. Notava-se uma pequena diferença, pois colhiam um pouco mais de lenha que o habitual, de modo que não faltasse caso a chuva perdurasse mais de um dia. Além desses poucos preparativos, a vida seguia seu curso de forma perfeitamente normal.
No entanto, a surpresa veio bem devagar. Chegou estampada em branco nos pequenos flocos de neve que brotavam da imensa massa cinzenta que agora estampava todo o céu.
Meus olhos lacrimejaram num segundo, pois não podiam crer naquilo que se apresentava perante a sua insignificância. Agora não se via mais o Castelo, nem o vale, nem mesmo os Salgueiros... só a imensidão alva que se estendia como um lençol sobre toda a terra.
Foi a última coisa que vi.
E depois de séculos, o Castelo ainda está lá. Outros olhos agora contemplam suas magníficas linhas, que continuam belas como naquela tarde de inverno.